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A cosmovisão antropocêntrica fez, por muito tempo, com que a humanidade esquecesse sua relação de interdependência com todas as formas de vida. A sabedoria dos povos originários e ensinamentos ancestrais foram, constantemente, sufocados por apagamentos violentos. Por carregarem visões tão urgentes, emergem, hoje, como novo clamor. É preciso inaugurar uma nova relação com a natureza. Essa construção coletiva deve unir esforços que permitam uma conversão radical de uma sociedade tão desigual e ferida em uma Sociedade do Bem-Viver. Os convidados dessa roda de conversa trazem suas partilhas a partir do chão ancestral – hoje reconhecido em sua importância fundamental para qualquer discussão. Mediada por Claudio Henrique, jornalista, especialista em Produção e Crítica Cultural, mestre em Comunicação Social e pesquisador das memórias indígenas e colonialidades, essa roda de conversa recebe o indígena Fabrício Ka’a.
Fabrício Ka’a é indígena do Povo Potiguara, localizado no estado da Paraíba, natural da aldeia São Miguel. É técnico em Guia de Turismo e atualmente é graduando em Arqueologia na Universidade Federal de Minas Gerais. Suas áreas de pesquisas arqueológicas incluem cerâmica Tupiguarani e Arqueologia Experimental. Desenvolve pesquisas no laboratório e no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.